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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dilma sanciona MP dos Portos com 13 vetos

Presidente retirou dispositivo que prorrogava contratos automaticamente.
Texto estabelece novo marco regulatório para setor.

Do G1, em São Paulo
A presidente Dilma Rousseff sancionou, nesta quarta-feira (5), o projeto de lei conhecido como MP dos Portos, que estabelece um novo marco regulatório para o setor. O texto foi sancionado com 13 vetos, entre eles, o que estabelecia prorrogação automática dos novos contratos de concessão e arrendamento de terminais em portos públicos.
A intenção do governo, que encaminhou o texto ao Congresso Nacional em dezembro do ano passado, é ampliar os investimentos privados e modernizar os terminais, a fim de baixar os custos de logística e melhorar as condições de competitividade da economia brasileira.
A MP dos Portos foi aprovada pela Câmara e pelo Senado no último dia 16, a poucas horas de perder a validade. O plenário derrubou todas as nove propostas de alteração da matéria apresentadas pela oposição.
Justificativa para os vetos
Em mensagem ao presidente do Senado, Renan Calheiros, a presidente justificou o veto parcial ao projeto aprovado pelo Congresso alegando “inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público.”

Um dos pontos do texto aprovado pelo Congresso e vetado pela presidente foi o que estabelecia prorrogação automática, por mais 25 anos, dos novos contratos de concessão e arrendamento de terminais em portos públicos. O dispositivo garantia aos concessionários, no total, 50 anos de concessão, desde que eles promovessem investimentos para modernizar e expandir a instalação portuária.

O texto original da medida provisória, encaminhada pelo governo ao Congresso, previa que a prorrogação desses contratos aconteceria “a critério do governo”, expressão que foi retirada do texto aprovado pelos parlamentares. A alteração contrariou o Planalto, que quer ter o poder de avaliar cada uma das concessões para então decidir se renovação é interessante ou não.

“Tal modificação retira do Poder Executivo a prerrogativa de avaliar a conveniência e a oportunidade de cada prorrogação, prejudicando a sua capacidade de planejamento e gestão do setor portuário e violando o princípio constitucional de Separação de Poderes”, diz a presidente no texto.
Contratos antigos
A presidente também vetou dispositivos do texto aprovado pelo Congresso que também garantiam a renovação de contratos de arrendamento de terminais portuários firmados antes e depois de 1993, ponto que foi motivo de embate entre o governo e parlamentares.

O texto do Congresso previa, para os contratos assinados antes de 1993, a renovação por um único período que não poderia ser inferior ao prazo original da concessão. De acordo com a presidente, essa proposta "fere o princípio de isonomia", pois impõe "renovação para todos os instrumentos, independentemente da previsão contratual e da vigência de cada um deles."

O ítem do texto aprovado pelo Congresso e que trata dos contratos assinados depois de 1993 também previa a renovação "por uma única vez", desde que o arrendatário promovesse investimentos e melhorias. Mas, além disso, trazia dispositivo que determinava o respeito ao “equilíbrio econômico-financeiro do contrato e às condições de competitividade entre portos organizados e terminais de uso privado.” Ambas as propostas foram vetadas pela presidente.

De acordo com ela, o dispositivo tenta estabelecer “salvaguardas contra a ampliação da competição no setor portuário”, ou seja, proteger os atuais arrendatários em portos públicos contra a concorrência de novos terminais privados que serão autorizados, o que vai na contramão do que quer o governo.

"Com isso, [o dispositivo] extrapola os termos dos contratos de arrendamento vigentes, confunde os dois regimes de exploração de instalações portuárias e contraria um dos objetivos centrais da medida provisória, que era o aumento da concorrência no setor”, diz a presidente na justificativa do veto.

Trabalhadores
Dilma vetou ainda artigo do texto aprovado pelo Congresso e que obrigava o cadastramento de trabalhadores avulsos “que ateste a qualificação profissional” para desempenho da atividade nos portos.

Na justificativa para o veto, a presidente apontou que “o texto não deixa claro o alcance do novo cadastro.” Segundo Dilma, se for voltado para os trabalhadores dos portos públicos “o dispositivo conflita diretamente com as competências do órgão gestor de mão de obra.” Se for voltada para os terminais privados (chamados TUPs), “o dispositivo violaria um dos principais itens do acordo negociado entre o Poder Executivo, os representantes do Congresso Nacional e as entidades representativas dos trabalhadores portuários, ao estender a lógica do órgão gestor de mão de obra para os terminais localizados fora da área do porto organizado (público).”

O que é a MP dos Portos
A medida provisória  595/2012, conhecida como MP dos Portos, estabelece novos critérios para a exploração e arrendamento (por meio de contratos de cessão para uso) para a iniciativa privada de terminais de movimentação de carga em portos públicos. 

terça-feira, 4 de junho de 2013

Cardozo e Puccinelli avaliam se Força Nacional deve atuar no conflito em Sidrolândia


Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, conversa, ainda nesta terça-feira (4), com o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, sobre a necessidade do uso da Força Nacional de Segurança em Sidrolândia, onde, desde o último dia 15, indígenas da etnia Terena ocupam a Fazenda Buriti.
"O governo colabora com todos os estados. Não nos furtaremos no caso de Mato Grosso do Sul", disse Cardozo, em entrevista coletiva concedida há pouco.
Em nota divulgada quinta-feira (30), dia em que o índio Osiel Gabriel foi morto durante ação para desocupar a fazenda, o governo do estado informou que entraria em contato com o ministro da Justiça para pedir que o governo federal ajudasse a "aliviar a tensão e evitar novos conflitos". Na mensagem, Puccinelli disse que não foi possível o contato com Cardozo, mas que conversou com o general Roberto Sebastião Peternelli Junior, que substitui José Elito Carvalho Siqueira na chefia do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, ao qual pediu apoio federal para resolver a situação.
Enfatizando que o emprego das Forças Armadas nesse tipo de situação depende de pedido do governo do estado e de autorização da presidenta Dilma Rousseff, o ministro da Justiça disse que vai avaliar junto com o estado a necessidade de intervenção. "Independentemente de encaminharmos a Força Nacional, é importante que se busque, nessa hora, passar a mensagem de que não é com radicalismo, tentando apagar uma fogueira com álcool, que vamos resolver uma situação que infelizmente se acumula [se repete] na história brasileira."
Cardozo informou que representantes dos indígenas deverão ser recebidos quinta-feira (6) no ministério, onde se tentará costurar um acordo.
Na coletiva, o ministro destacou o protagonismo da Fundação Nacional do Índio (Funai) no processo de demarcação de terras indígenas. Segundo Cardozo, o Ministério da Justiça vai editar uma portaria para aprimorar o processo. Na nova norma, serão pedidas mais informações para que as terras sejam demarcadas, explicou. "Por meio de portaria, vamos pedir mais informações para que a própria Funai e as partes possam avaliar melhor as situações e para que o próprio ministro da Justiça, que hoje já é a autoridade competente para baixar a portaria de demarcação, possa avaliar."
Segundo a assessoria do Ministério da Justiça, a nova portaria deve sair até o final deste mês.
Edição: Nádia Franco

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Vice-presidente dos EUA diz que Brasil é exemplo de democracia

Bem-humorado, Biden disse que Dilma, depois da conversa de hoje, provavelmente deve passar a gostar mais dele, apesar do bom relacionamento com o presidente Obama...

Agência Brasil
foto: Agência Brasil
Biden vem ao Brasil a menos de cinco meses da primeira visita de Estado de Dilma aos Estados Unidos, em outubro.




















Biden vem ao Brasil a menos de cinco
meses da primeira visita de Estado de Dilma aos Estados Unidos, em outubro.

BRASÍLIA - O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje (31), logo após a reunião que teve com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, que os dois países estão prontos para aprofundar relações. Depois de uma hora e meia de conversa, Biden destacou que o Brasil é um exemplo de democracia.

“A mágica do que está acontecendo aqui, a parte mais incrível da história do Brasil nos últimos 15 anos, é que vocês demonstraram para o mundo, e boa parte do mundo está lutando contra esse problema, que não é necessária a falsa escolha entre desenvolvimento e democracia”, disse.

Ele ressaltou que esse “dilema” entre democracia e desenvolvimento ocorre em várias partes do mundo e o Brasil pode ser uma influência para mostrar como é possível compatibilizar os dois temas. “É possível ter democracia e desenvolvimento, dos quais todos se beneficiam. E essa é a magia do que vocês fizeram aqui, o que a presidenta de vocês está fazendo agora e a razão pela qual ela pode ter tão incrível influência bem além deste país.”

Bem-humorado, Biden disse que Dilma, depois da conversa de hoje, provavelmente deve passar a gostar mais dele, apesar do bom relacionamento com o presidente Barack Obama. O vice-presidente norte-americano destacou que o propósito de sua viagem foi fazer formalmente o convite para que a presidenta Dilma faça uma visita oficial aos Estados Unidos e deixar clara a disposição para estreitar as relações entre dois países em todas as áreas, desde a militar, educação, o comércio, os investimentos diretos estrangeiros. “Não acredito que exista qualquer obstáculo que não possamos superar.”

Também acompanharam a reunião os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, de Minas e Energia, Edison Lobão, e a presidente da Petrobras, Graça Foster.

Biden vem ao Brasil a menos de cinco meses da primeira visita de Estado de Dilma aos Estados Unidos, em outubro. Para diplomatas, a visita de Biden deve ser interpretada como uma demonstração da relevância do Brasil no cenário internacional. Ao lado do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, Biden é responsável por várias negociações internacionais.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Câmara aprova MP que garante desconto na conta de luz

Após acordo com oposição, base aliada conseguiu aprovar a proposta.
Texto ainda terá de ser submetido ao Senado antes de ser sancionado.

Fabiano Costa Do G1, em Brasília
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (28) a medida provisória que permite o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para subsidiar descontos  concedidos pelo governo para contas de luz das indústrias e dos consumidores residenciais.
A Conta de Desenvolvimento Energético é um fundo que financia programas do governo federal no setor elétrico. A principal despesa autorizada pela medida provisória na CDE servirá para neutralizar os efeitos da decisão de algumas concessionárias de energia elétrica, como a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que não aderiram à proposta do governo de renovação antecipada dos contratos de concessão em troca do desconto.
O projeto correu o risco de perder a validade em razão de um impasse político na Câmara. Partidos oposicionistas e até mesmo legendas aliadas ao Palácio do Planalto exigiam a votação de um projeto de lei que trata da extinção da contribuição adicional de 10% ao FGTS devida pelos empregadores à União em caso de demissão sem justa causa para apreciar a MP da conta de luz.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (28) a medida provisória que permite o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para subsidiar descontos  concedidos pelo governo para contas de luz das indústrias e dos consumidores residenciais.
A Conta de Desenvolvimento Energético é um fundo que financia programas do governo federal no setor elétrico. A principal despesa autorizada pela medida provisória na CDE servirá para neutralizar os efeitos da decisão de algumas concessionárias de energia elétrica, como a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que não aderiram à proposta do governo de renovação antecipada dos contratos de concessão em troca do desconto.
O projeto correu o risco de perder a validade em razão de um impasse político na Câmara. Partidos oposicionistas e até mesmo legendas aliadas ao Palácio do Planalto exigiam a votação de um projeto de lei que trata da extinção da contribuição adicional de 10% ao FGTS devida pelos empregadores à União em caso de demissão sem justa causa para apreciar a MP da conta de luz.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

"Tudo é possível", diz Barbosa sobre recursos do mensalão

Pela manhã, Barbosa recebeu jornalistas da imprensa internacional em entrevista coletiva e disse que espera encerrar em julho todas as pendências da Ação Penal 470...

Agência Brasil

Foto: Valter Campanato/ABr
Presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa
Presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa

BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, disse nesta quinta-feira (28) que é possível esperar todo tipo de intervenção das defesas para evitar a execução das sentenças da Ação Penal 470, o processo do mensalão. O julgamento foi concluído pelo Supremo no final do ano passado, com a condenação de 25 dos 37 réus.
“Tudo é possível, mas há meios de se coibir isso”, disse Barbosa ao deixar a sessão do STF na tarde de hoje (28). O ministro ainda garantiu que, se dependesse apenas dele, “encerraria ontem” todo o processo. “Infelizmente eu tenho que obedecer aos prazos”.
Pela manhã, Barbosa recebeu jornalistas da imprensa internacional em entrevista coletiva e disse que espera encerrar em julho todas as pendências da Ação Penal 470. Algumas declarações foram confirmadas pela assessoria de imprensa do Supremo nesta tarde.
Na fase atual, os ministros estão revisando os votos e notas taquigráficas para que o acórdão seja publicado. O acórdão traz as principais decisões e considerações dos integrantes da Corte. Na semana retrasada, Barbosa encaminhou ofício aos colegas informando que terminou sua parte. Também disse, pela imprensa, que espera a colaboração dos demais ministros.
De acordo com o regimento interno do Supremo, o acórdão deve sair 60 dias após a conclusão do julgamento, prazo dificilmente seguido. Só após a publicação do acórdão, as partes envolvidas podem apresentar recursos, no prazo de cinco dias.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ministro Luiz Fux vota por manutenção de liminar sobre vetos

A liminar foi concedida pelo ministro no final do ano passado e está sendo analisada pelo plenário do STF nesta tarde...

Agência Brasil

foto: José Cruz/ABrMinistro Luiz Fux vota por manutenção de liminar sobre vetos.
Ministro Luiz Fux vota por manutenção de liminar sobre vetos.
BRASÍLIA - O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta quarta-feira (27) a liminar que obriga o Congresso Nacional a analisar 3 mil vetos presidenciais em ordem cronológica. A liminar foi concedida pelo ministro no final do ano passado e está sendo analisada pelo plenário do STF nesta tarde.

Como relator do processo, Fux foi o primeiro a falar. Ele disse que o assunto merece intervenção do Supremo porque envolve questão constitucional e omissão do Congresso, em um “quadro gravíssimo no sistema de freios e contrapesos”. Segundo Fux, o Supremo "não é contramajoritário por voluntarismo" e apenas faz cumprir as regras que protegem as minorias.

A Constituição determina a apreciação de todos os vetos presidenciais pelo Legislativo no prazo de 30 dias, sob pena de trancamento da pauta, o que nunca foi seguido. “Não é ativismo, nem ingerência, senão uma forma de dar cumprimento às regras constitucionais. Como deve agir um juiz da Suprema Corte”, justificou-se Fux.

De acordo com o ministro, a liminar não foi radical, pois, se ele interpretasse a Constituição de forma estrita, toda a pauta do Congresso deveria ficar obstruída, e não apenas os vetos. “Todos os vetos são urgentes, na medida em que não votar o veto tranca a pauta”, explicou. Ele voltou a afirmar que sua liminar não impediu a votação do Orçamento da União de 2013.

Antes do início da sessão, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse a jornalistas que outro fator de preocupação no julgamento é a possibilidade de anulação de todos os vetos já apreciados pelo Congresso Nacional fora de ordem cronológica desde 2001.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Diretor da ANA investigado pela PF pede demissão, diz advogado

Acusado de chefiar esquema de fraudes, Paulo Vieira chegou a ser preso.
'Motivos pessoais' levaram diretor afastado a se demitir, informou advogado.

Do G1, Brasilia

O diretor de Hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (6), informou o advogado Pierpaolo Bottini.
Segundo o defensor, Vieira entregou o pedido no gabinete da presidente Dilma Rousseff. Ele disse que a saída ocorre por "motivos pessoais".
A expectativa é de que a exoneração "a pedido" seja publicada no "Diário Oficial da União" desta sexta (7).
Arte quem é quem operação Porto Seguro (Foto: Editoria de Arte / G1)
Vieira foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Porto Seguro, que investiga um suposto esquema de fraude de pareceres técnicos de órgãos públicos com a finalidade de beneficiar empresas privadas. Uma semana depois, ele obteve a liberdade na Justiça. O diretor foi afastado do cargo depois que a presidente Dilma Rousseff determinou a exoneração ou o afastamento dos servidores envolvidos.
A operação Porto Seguro resultou em pelo menos 18 pessoas indiciadas pela PF (a maioria, servidores públicos), das quais seis presas.
Nesta quinta, o diretor-geral da ANA) Vicente Andreu Guillo, afirmou, em audiência no Senado, que Vieira chegou a cogitar assumir o cargo de ministro do Meio Ambiente.
“Era uma pessoa ambiciosa, mas do tipo de pessoa que queria alçar outros vôos. Falava muito em ser candidato, tinha pretenções eleitorais, chegava a mencionar que estava sendo cotado para ser ministro, esse tipo de arroubos que a gente tinha que lidar. Ele chegava a cogitar que iria ser ministro do Meio Ambiente”, disse o diretor-geral da ANA.
Paulo Vieira é apontado pela PF como "chefe" do grupo que supostamente cooptava servidores públicos para fraudar pareceres técnicos e beneficiar empresários.
Segundo o diretor-geral da ANA, não havia suspeitas sobre Vieira. “Nenhuma desconfiança de que ele era uma pessoa delituosa”, disse.
Indicação
O nome de Vieira para o cargo na ANA foi apresentado ao Senado pela primeira vez em 2009, ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, a indicação foi rejeitada pelo Senado. Havia questionamentos sobre a capacidade técnica de Vieira para o cargo. Em 2010, o nome de Paulo Vieira foi novamente enviado para o Senado, e a indicação foi aprovada.

O requerimento pedindo que a rejeição fosse anulada foi apresentado à Mesa da Casa pelo senador Magno Malta (PR-ES). Em abril de 2010, o então líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), pediu a “revotação da indicação”.
A votação foi levada para plenário pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no dia 14 de abril de 2010, quando o nome de Vieira foi aprovado.
Paulo Vieira foi denunciado por Cyonil da Cunha Borges, que, até 2011, era auditor do Tribunal de Contas da União. No começo do ano passado, o ex-auditor do Tribunal de Contas procurou a Polícia Federal e devolveu R$ 100 mil, supostamente recebidos a título de propina. Segundo Borges, ele teria recebido o valor de Paulo Vieira.