O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), classificou há pouco como "graves" as denúncias que envolvem o ex-líder do Democratas Demóstenes Torres (GO). Sarney disse que vai dar encaminhamento à representação apresentada ontem pelo PSOL, que pede a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra Demóstenes. O senador é suspeito de ter negócios ilícitos com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, por exploração de jogos ilegais em Goiás.
"As denúncias são graves e o que nós temos (que fazer) aqui é colocar em andamento as representações que forem feitas", afirmou Sarney, em rápida entrevista concedida depois da reunião com o presidente interino do Conselho de Ética do Senado, Jayme Campos (DEM-MT). Sarney não quis fazer qualquer avaliação sobre o futuro político de Demóstenes.
Vice-presidente do Conselho, Jayme Campos já disse que se sente impedido de conduzir o caso envolvendo Demóstenes, seu colega de partido. O cargo no conselho está vago desde setembro do ano passado, quando o senador João Alberto (PMDB-MA) deixou a Casa para ocupar um cargo no governo de Roseana Sarney. Um novo presidente do Conselho de Ética deverá ser eleito em 11 de abril.
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