Oposição relâmpago do partido se deu por conta do impasse na indicação de um substituto para Ministério dos Transportes
A bancada do PR no Senado voltou para a base do governo. A operação de retorno foi articulada pelo líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF), que anunciou no início da tarde desta terça-feira a formação de um bloco parlamentar com o PR.
PR e PTB têm juntos 13 senadores, sete de um lado e seis do outro. O bloco, entretanto, que já é a terceira força política na Casa, atrás apenas do PMDB e do PT, ainda pode crescer. Estão sendo convidados a participar os dois senadores do PSD, Kátia Abreu (TO), Sérgio Petecão (AC); e o único senador do PSC, Eduardo Amorim (SE), que atualmente está licenciado por motivos de saúde.
Gim Argello, que é vice-líder do governo no Senado, será também o líder do bloco, que terá na vice-liderança o atual comandante do PR, senador Blairo Maggi (MT). Blairo rompeu com o governo, em 14 de março, inconformado com os maus tratos ao partido que, segundo ele, foi a única legenda da base que teve problemas no ministério e não pode indicar o substituto do ministro demitido pela presidenta Dilma Rousseff.
Para protestar, o PR anunciou sua saída da base. Entretanto, sempre houve dúvidas sobre o real caráter oposicionista do partido. Ainda na época de relativa crise, o líder da legenda na Casa, Blairo Maggi, chegou a afirmar que “quando o governo achar que nós somos importantes, é só nos chamar”.
A volta à base é justificada porque o PTB é aliado do governo e não teria como formar o bloco sendo oposição. Ou seja, a tal "oposição" do partido ao governo durou menos de um mês.
Gim e Blairo estiveram no final desta manhã com a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e comunicaram à presidenta Dilma a formação do bloco e o retorno do PR à tropa governista. "Foi uma conversa muito rápida, mas a presidenta ficou feliz de me ver novamente lá no Planalto e propôs uma nova conversa com o partido", disse Blairo.
Com Agência Estado
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