O ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal Rogério Rosso (PMDB) foi eleito neste sábado novo governador do DF. O peemedebista conseguiu obter 13 votos dos integrantes da Câmara Legislativa e acabou eleito em primeiro turno --já que teve o apoio de mais da metade dos 24 deputados distritais.
O candidato do PT, Antônio Ibañez, recebeu seis votos e Wilson Lima (PR), outros quatro. O deputado Raad Massouh (DEM) se absteve na votação. Luiz Filipe Coelho (PTB) não recebeu nenhum voto.
Rosso conquistou a vitória com o apoio do PMDB, do PPS, do DEM e inclusive de parte do PR --que tinha como candidato o atual governador interino do DF, Wilson Lima. Na chapa, além de Rosso, a ex-secretária Ivelise Longhi (PMDB) foi eleita vice-governadora do DF.
O novo governador foi secretário de Desenvolvimento Econômico e administrador de Ceilândia no último governo Joaquim Roriz (PSC) e, na gestão de Arruda, presidiu a Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal).
A votação ocorreu de forma aberta, com cada um dos 24 deputados distritais proclamando o seu voto. Rosso vai ocupar o cargo para um mandato tampão até o final do ano.
Favorito antes do pleito, Lima acabou a eleição derrotado pelo candidato do PMDB. Lima era o candidato do ex-governador do DF Joaquim Roriz (PSC) e de aliados do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido).
Arruda foi cassado no mês passado por infidelidade partidária por ter saído do DEM. Envolvido em um escândalo de corrupção, ele ficou preso por dois meses por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Estudantes e PM entram em confronto antes de eleição para governador do DF
Pelo menos três manifestantes e um policial ficaram feridos durante a confusão, e dois estudantes foram presos pela Polícia Militar. O estudante de Relações Internacionais da UnB (Universidade de Brasília), Sólon Carvalho, foi levado ao serviço médico da Câmara Legislativa com ferimentos na cabeça. O jovem será encaminhado a um hospital para atendimento médico. "Eu caí no chão e a polícia começou a me bater", afirmou o estudante.
Um dos policiais foi atingido por uma pedra na altura do ombro, e também seguiu para atendimento médico. A Polícia Militar instalou barreiras para conter os manifestantes, mas um grupo de cerca de 30 conseguiu chegar em frente à Câmara Legislativa para protestar contra as eleições indiretas.
O advogado Márcio Freitas Filho, ferido durante a confusão, disse que foi atingido pelos policiais ao ajudar um colega que também estava caído no chão. "Eu vim acompanhar a manifestação para atingir abusos que firam os direitos humanos. Um policial veio para cima do estudante sem controle, me empurrou, caí e me machuquei", afirmou.
Os policiais, por sua vez, afirmam que os estudantes deram início ao confronto jogando paus e pedras sobre os militares, o que obrigou o grupo a reagir. A PM pediu reforço do Bope (Batalhão de Operações Especiais) do DF para conter os manifestantes --que não conseguiram invadir a sede do Legislativo local.
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