“Modelo de bem-estar social e altíssimo IDH” da Suécia são exemplos para o Brasil

Presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, brindam durante almoço no Palácio Itamaraty. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O Programa de Aceleração do Crescimento, o trem bala, a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016 transformaram o Brasil no cenário ideal para investimentos estrangeiros. A afirmação é da presidenta Dilma Rousseff, proferida durante brinde em almoço no Palácio Itamaraty oferecido ao primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, que iniciou visita ao Brasil nesta terça-feira (17/5).
Em seu discurso, a presidenta lembrou da trajetória de crescimento sustentável e duradouro do Brasil nos últimos anos e citou a ampliação do mercado interno como resultado de um ciclo de expansão da renda dos trabalhadores, com controle da inflação e disciplina macroeconômica.
Dilma Rousseff afirmou que o lema de seu governo “País rico é país sem pobreza” representa a determinação de combater a exclusão, fazendo de todo brasileiro um produtor, um consumidor, e, sobretudo, um cidadão. Ela frisou que o crescimento econômico dos últimos anos reflete justamente o combate a miséria e inserção de milhões de brasileiros e brasileiras no mercado interno. “Com isso, este país passou a ser um país exportador e com uma forte âncora no mercado interno também”, lembrou.

“Essas orientações de política econômica criaram um ambiente atraente para investidores. Adotamos um ambicioso plano de investimentos em nossa infraestrutura energética, em nossa infraestrutura de transportes, de portos e aeroportos. E vamos continuar perseguindo a realização e a solução dos gargalos que temos em várias áreas, pelos longos anos que o nosso país, na década passada, passou sem crescer.”

A presidenta citou ainda a área de inovação como atrativa para investimentos e expansão e ressaltou o Centro Brasil-Suécia de Pesquisa e Inovação, a ser inaugurado em São Bernardo do Campo, como fórum que “permitirá valiosa troca de experiências”.
Outro tema abordado por Dilma Rousseff foi o que definiu como “engajamento sueco em temas ambientais”, preocupação compartilhada pelo Brasil na busca de alternativas energéticas renováveis, limpas e eficientes. A implementação do acordo bilateral sobre cooperação em bioenergia – completou a presidenta – reforça a posição estratégica da Suécia como principal parceiro europeu do Brasil na promoção dos biocombustíveis, resultado já visto nas ruas de Estocolmo, “onde ônibus e outros veículos circulam movidos a etanol brasileiro”.
Na opinião da presidenta, o diálogo “franco e construtivo” entre os dois países se dá também sobre temas relacionados à ordem multipolar, como desenvolvimento sustentável, tema da Conferência Rio+20, que acontece no Brasil em 2012, e o fortalecimento das Nações Unidas como o grande foro internacional para a harmonização de interesses e instrumento para conter as tensões mundiais.

“Com espírito aberto e construtivo, procuramos abrir caminhos que conduzam ao diálogo, pois é dele que advêm o entendimento e a paz (…). É com esse espírito que convido os presentes a erguerem um brinde à Suécia e ao Brasil, aos empresários suecos e aos empresários brasileiros, aos integrantes da comitiva sueca, ao povo brasileiro e ao povo sueco, e especialmente à visita de Vossa Excelência e da senhora Filippa Reinfeldt”, finalizou.