Caixão com o corpo de Itamar chega ao Palácio da Liberdade, em
Belo Horizonte
Foto: Ney Rubens/Especial para Terra
A presidente Dilma Rousseff lamentou a morte de Itamar Franco nesta segunda no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte (MG), ao chegar ao velório do político acompanhada dos ministros Fernando Pimentel, Gleise Hoffman e Ideli Salvatti. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também estava presente e disse que "chora de saudades do Itamar". Fernando Henrique agradeceu por Itamar ter levado um sociólogo como ele para o Ministério da Fazenda. Segundo ele, foi uma ação incomum. Geraldo Alckmin, José Serra e Aécio Neves também lamentaram a perda.
Aécio foi o único que falou sobre as denúncias relacionadas ao Ministério dos Transportes. "Isso é muito grave para ficar só no afastamento. É necessário uma investigação profunda, com quem tem instrumentos para isso: o Ministério Publico", disse.
Segundo reportagem publicada pela revista Veja, representantes do PR - partido de Nascimento -, funcionários do ministério e de órgãos vinculados à pasta estariam envolvidos em um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propinas.
No fim de semana, quatro pessoas envolvidas nas denúncias foram afastadas de suas funções: o chefe de gabinete Mauro Barbosa da Silva, o assessor Luís Tito Bonvini, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, e o diretor-presidente da estatal Valec, José Francisco das Neves.
Itamar Franco morreu no sábado, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 21 de maio. O ex-presidente e senador pelo PPS de Minas Gerais teve um acidente vascular cerebral (AVC), entrou em coma e não resistiu. Ele havia sido internado na UTI por causa de uma pneumonia adquirida durante o tratamento para a cura de leucemia.
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