A Justiça Federal determinou, após ação da AGU (Advocacia-Geral da União), a transferência de R$ 54.991.981.00 em créditos do Grupo OK (do ex-senador Luiz Estevão) direto para as contas do Tesouro Nacional. Esse é o maior recolhimento para os cofres da União referente à recuperação de verbas desviadas em caso de corrupção já registrado. O caso também ficou famoso pela prisão do juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, juiz trabalhista de São Paulo na época do crime.
De acordo com a Advocacia-Geral da União, o dinheiro já havia sido bloqueado pela Justiça em razão de ações movidas pela AGU para que seja cumprida condenação imposta pelo TCU (Tribunal de Contas da União) ao Grupo OK no caso do TRT (Tribunal Regional Trabalhista) de São Paulo.
Do total, R$ 30 milhões estão relacionados a crédito que o Grupo OK possuía junto à empresa BASF S/A. O restante refere-se a valores capitados a partir do aluguel de imóveis do Grupo OK, segundo informou a Advocacia-Geral.
Durante a Construção do Fórum Trabalhista de São Paulo, entre 1994 e 1998, ficou constatado que houve desvio de verbas públicas na obra de responsabilidade do Grupo OK. De lá para cá, várias ações foram ajuizadas, buscando a condenação e execução dos responsáveis pelo esquema.
Os valores que serão transferidos estão depositados na Caixa Econômica Federal. A decisão que ordena essa transferência ainda está sujeita a recurso perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
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