Segundo o líder do PSDB na Casa, Álvaro Dias (PR), os oposicionistas aceitam inclusive quebrar os prazos regimentais para que a DRU seja votada mais rapidamente, desde que o governo concorde em votar antes a regulamentação da Emenda 29, que trata de gastos com saúde nos três níveis de governo.
"No Senado, estamos condicionando a votação da DRU à regulamentação da Emenda 29... Votando a Emenda 29, nós não criaríamos impedimentos para a votação da DRU", disse o líder.
Dias calcula que pode ter votos para, durante a votação da regulamentação da Emenda 29, fazer valer o entendimento do Senado, modificado na Câmara em setembro, que obriga a União a destinar 10 por cento da arrecadação para a saúde, sem a criação de um novo imposto que sustente essa vinculação.
"A posição da oposição é defender os 10 por cento, o projeto histórico do Senado. A posição da base do governo vai ser defender o texto da Câmara de regulamentação", disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
Após reunião entre líderes da oposição e do governo da Câmara e do Senado, Jucá afirmou que consultaria o Planalto, mas avaliou que é "possível" chegar a um acordo com a oposição sobre um calendário de votações - inclusive da regulamentação da Emenda 29.
"O calendário não está montado ainda. A ideia do governo é que a gente vote o 2o turno (da DRU) até o dia 15, 16 (de dezembro no Senado)", disse o líder governista a jornalistas.
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