O recesso parlamentar de fim de ano deve começar no dia 23 de dezembro. O líder do governo no Senado, Romero Jucá, já afirmou que pode ser feita uma convocação extraordinária para votar a DRU.
A oposição propôs ao governo um acordo pelo qual não colocaria obstáculos à tramitação da DRU, desde que antes fosse votada a regulamentação da Emenda 29.
Os oposicionistas acreditam ter os votos necessários para obrigar a União a gastar 10 por cento de sua receita na saúde, medida a qual o governo de opõe. O Planalto resistiu a este acordo.
Contudo, desde terça-feira, os senadores de partidos aliados também passaram a pressionar pelo aumento de recursos para a saúde, aprovando um texto alternativo à proposta de 10 por cento da receita para a saúde.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que é o relator da regulamentação da Emenda 29 no Senado, disse que também foi pego de surpresa pelo movimento de Sarney, mas que negociará com o governo uma fórmula alternativa para aprovar a matéria no Senado.
A proposta de Costa prevê que um aumento de alguns bilhões dos repasses para a saúde já em 2012, acima do que já está previsto na peça orçamentária. Além disso, ao longo do próximo ano, seria discutido, com o apoio do Executivo, uma nova fórmula de financiamento da saúde.
"Vou ficar até sexta em Brasília tentando negociar com o governo", disse ele à Reuters.
O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), disse que, com os episódios desta quarta, a tramitação da DRU foi atrasada em um dia. Ele comemorou o fato e mostrou disposição da oposição em derrubar o instrumento.
"Um dia é muito importante, porque a DRU vence no dia 31 (de dezembro). Se passarmos do dia 31 (com as discussões), nós vencemos", disse.
(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)
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