Enquanto a presidente Dilma Rousseff mantém uma reunião a portas fechadas com seus principais interlocutores para debater o Código Florestal, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reunia desde o início desta noite lideranças do governo no Congresso para discutir os vetos que a presidente fará ao projeto de lei. A expectativa é que ainda hoje ou no máximo amanhã pela manhã, a própria Dilma receba os parlamentares.
Dilma quer reduzir a resistência entre deputados e senadores e evitar assim uma possível derrubada de veto, o que a desmoralizaria. Para barrar um veto é preciso que haja maioria absoluta dos votos tanto na Câmara dos Deputados (257 votos favoráveis) quanto no Senado (42 votos), isto é, metade dos votos do colegiado mais um. A sessão é secreta e conjunta, mas a contagem de votos é separada por cada Casa.
O texto-base do Código Florestal foi aprovado em abril por 274 votos a favor, 184 contra e duas abstenções. Se os deputados mantiverem suas posições, a Câmara derrubaria o veto presidencial com folga de 17 votos. Caberia ao governo conseguir a maioria dos Senadores para impedirem a derrubada do veto e um eventual desgaste à presidente Dilma Rousseff.
Responsável pela articulação política, Ideli convocou uma reunião com os líderes do governo no Congresso Nacional, José Pimentel (PT-CE), no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM) e na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que começou por volta de 18h40.
Segundo a Casa Civil, a presidente tem até esta sexta-feira para vetar trechos do Código Florestal. Fontes dizem que Dilma usará o prazo até o final para barrar artigos da proposta.
A expectativa é de que a presidente vete parcialmente o texto aprovado pela Câmara. De acordo com ministros, caberá à presidente decidir se as lacunas deixadas pelo texto que saiu do Congresso serão preenchidas por medida provisória ou com um projeto de lei proposto por senadores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário