Hora Certa

Click for São Paulo, Brasil Forecast

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Câmara aprova triplicar valor pago ao Paraguai por energia de Itaipu

Acordo ainda precisa ser aprovado pelo Senado.
Brasil compra do Paraguai excedente de energia produzida em Itaipu.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (6) projeto que autoriza o Brasil a triplicar o valor pago ao Paraguai pela energia excedente da usina hidrelétrica binacional de Itaipu, no rio Paraná, na fronteira dos dois países.
O acordo, assinado entre o governo brasileiro e o paraguaio em setembro de 2009, muda o Tratado de Itaipu e afirma que o valor pago atualmente de US$ 120 milhões passaria para US$ 360 milhões, considerando valores de 2008. Agora, o projeto vai à votação no Senado.
Pelo texto do acordo, o fator que é usado para multiplicar o valor do megawatt-hora transferido para o Brasil subiria de 5,1 para 15,3. Quando o Brasil começou a pagar ao país vizinho pela energia de Itaipu, em 1985, o fator era de 3,5. Quem paga o valor é a estatal Eletrobrás.
Na semana passada, o líder do governo no Congresso, Cândido Vaccarezza (PT-SP), havia afirmado que o tema ia à votação mesmo sem consenso. A oposição tentou a todo custo impedir a votação do projeto com obstruções, mas foi vencida pela maioria governista. Um requerimento que pedia a retirada da pauta do projeto foi rejeitado.
O principal argumento da oposição foi o custo do aumento. "O governo não teve condições de aumentar em R$ 15 o salário mínimo, mas diz que o custo adicional com o reajuste é baixo", ironizou o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), líder do DEM na Câmara.
Em mensagem enviada ao Congresso após a assinatura do acordo, o governo diz que o reajuste aos pagamentos ao Paraguai decorre da necessidade de compensação ao Paraguai. Além disso, informou que isso não resultaria em aumento de tarifa da energia para pelos consumidores brasileiros.
O deputado Dr. Rosinha, relator do projeo na Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, afirmou em seu relatório que o valor adicional "representa um custo muito baixo, comparativamente aos ganhos políticos, diplomáticos, econômicos e comerciais que o Brasil obtém ao apostar na integração regional."


Nenhum comentário:

Postar um comentário